O ator Pedro Cardoso, conhecido por interpretar o personagem Agostinho Carrara na série A Grande Família, da TV Globo, criticou o senador Sergio Moro (União-PR) durante um programa da CNN Brasil. Ele proferiu a declaração na sexta-feira 24, enquanto os comentaristas debatiam o plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) de assassinar o ex-juiz e ex-ministro. Segundo Cardoso, Moro é uma pessoa que não merece mais do que dez minutos de debate. “Causa-me espanto”, observou. “Acho que o Brasil está profundamente adoecido moralmente. Estamos falando de uma pessoa que está sendo tratada como se merecesse nosso respeito e fosse digna, correta.” O ator acusou o ex-juiz de tomar decisões ilegais contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Ele tramou, junto a um acusador, para colocar uma pessoa na cadeia”, afirmou, ao lembrar da época em que o petista foi preso. “E apenas porque nossa democracia é juridicamente muito imperfeita, Moro logrou virar senador da República.” Cardoso disse que lamenta o plano do PCC de assassinar Moro, mas ressaltou que “milhões de brasileiros sofrem ameaças de morte todos os dias, pela pobreza em que vivem e pela proximidade com o crime organizado”. Leia mais: “Lula e o PCC sonham juntos”, artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 157 da Revista Oeste “Agora, este homem moralmente desqualificado recebe toda essa atenção, porque também foi vítima de ameaça?”, perguntou Cardoso. “Isso é uma doença brasileira. Estou muito mais preocupado com outras pessoas que estão permanentemente ameaçadas e que não serão noticiadas em lugar nenhum.” O ator sugeriu que a imprensa nacional é cooptada por um “pensamento fascista”, e a prova dessa tese seria o fato de os veículos de comunicação noticiarem o plano do PCC contra Moro. “O fascismo exerce o domínio sobre as consciências do povo ao controlar o discurso”, disse. “Quando falo sobre o nosso programa [CNN Arena], é um convite para que profissionais reflitam.”
‘Agostinho Carrara’ critica Moro, alvo do PCC: ‘Moralmente desqualificado’
